
Hoje me perguntaram
se eu acredito em sorte e azar. Eu respondi: Não existe sorte ou azar, e sim
persistência e insegurança.
Acredito que sorte e azar são apenas
crenças criadas por nós para justificar nossos erros. Quando as coisas não vão
muito bem, adoramos dizer que estamos numa maré de azar, ou quando tudo parece
perfeito, que é um grande golpe de sorte. Nunca admitimos os nossos erros e nem
reconhecemos nossas vitórias. Bloqueio psicológico? Insegurança? Não sei.
Acontece que o ser humano adora atribuir
acontecimentos às crendices. É assim desde a pré-história. Esse costume é algo
que nunca vamos perder, pois necessitamos disso. Vamos começar falando do azar.
Segundo nós, o azar é uma força invisível que faz tudo dar errado, a famosa Lei
De Murphy. Mas ela foi criada apenas para nos fazer esquecer que somos falhos,
o ser humano é muito falho às vezes. O azar não é nada mais que o nosso
desanimo e insegurança. Aquele período em que estamos tão desanimados, mas tão
desanimados, que não prestamos atenção e nem damos a atenção necessária para as
coisas que fazemos é a famosa maré de azar. Quando não fazemos algo com gosto,
quando tratamos nossos compromissos e tarefas como algo desimportante, as
chances disso dar certo é quase inexistente. Então, misturando a nossa “fossa”
e as coisas indo de mal a pior, criamos e culpamos o azar, afinal, somos
arrogantes demais para admitir nossa culpa. Não quer mais ter azar? Então viva
a vida alegremente, tente enxergar o lado bom das coisas, nunca desanime, faça
tudo com o máximo de dedicação, não deixe nada te derrubar e, se cair, levante
de cabeça erguida.
Já a sorte, é quase a mesma coisa. Segundo
nós, a sorte é uma força invisível que faz com que tudo de certo. Mais uma
desculpa para disfarçar nossos atos. O fato é que quando algo muito bom
acontece quando menos esperamos ou quando esperamos e lutamos tanto por uma
coisa quase impossível e ela acontece, estamos tão despreparados que dizemos
que foi um golpe de sorte. Mas não foi isso. O verdadeiro culpado é a nossa
persistência e alto estima. E o ser humano muitas vezes anda tão distraído com
o mundo e seus problemas que acaba não enxergando suas conquistas,
atribuindo-as às crendices como a sorte. Mas somos bem mais capazes do que
achamos, podemos chegar à vitória sem perceber, apenas vivendo a vida. Então,
quanto mais alegre a vida, quanto mais força de vontade, quanto maior a crença
em nós mesmos, mais “sorte” teremos e tudo dará muito mais certo.
E você? Acredita em sorte e azar? Acha
que somos nós quem criamos nossas sortes e nossos azares? Você anda com mais
sorte ou mais azar? Pense nisso.
Conselho final: Saiba muito bem
distinguir coisas invisíveis e reais (como milagres e Deus, que tem uma
explicação) das invisíveis e irreais. Nós podemos ter uma sorte infinita, é só
querer e persistir.